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Posso afirmar que fazer exorcismo é realizar psicoterapia, assim como fazer psicoterapia é também realizar exorcismo — porque são dois fatores semelhantes nesta e na outra vida sobrenatural. Estou mostrando que o cientista e o exorcista trabalham exatamente no mesmo plano, pois toda doença é ligada aos fatores físicos, e no mesmo instante aos espirituais — é por este motivo que o médico ateu, e o religioso fanático, têm tanta dificuldade em suas atividades.

O pastor americano Bill Wiese escreveu o livro 23 Minutos no Inferno, onde narra o que aconteceu ao sofrer repentinamente um desmaio, sendo transportado para essa região infernal, para nos trazer o que sucede com os inimigos de Deus. Compreendo em minha pesquisa sobre a relação entre a conduta psicótica dos doentes mentais graves, e a dos seres humanos que se condenam ao Inferno, que existe bastante semelhança entre eles, mas a situação é muito pior nesse Além Infernal.

Por exemplo: Wiese afirmou que lá falta tudo o que temos aqui: água, alimento, sono e principalmente bem-estar, misericórdia e amor, dando a entender que vivemos ainda no Paraíso Terrestre, mas não o usufruímos, por causa dos nossos vícios e oposição ao Ser Divino.

Um dado que poucas pessoas conhecem, é a questão da enorme fúria que os diabos têm de nós, conforme Wiese, sem motivo algum, a não ser o desejo que temos de seguir a orientação de Jesus Cristo, que eles se opõem frontalmente. Porém, nossa atitude de nos opormos ao Ser Divino aqui mesmo, existe em todos os setores da existência: filosóficos, políticos, econômicos, jurídicos, científicos e seus ramos.

Posso dizer que, inconscientemente, nos tornamos inimigos inveterados de Deus, só porque não temos possibilidade de inventar uma existência diferente da atual — evidentemente, aqui entra a questão da soberba e inveja, pecados capitais, uma cópia do que aconteceu com os demônios que seguimos fatalmente.

Os profissionais mais aptos para conhecer a conduta dos demônios são os psicanalistas, desde que eles não rejeitem a espiritualidade — e o fator mais importante está na percepção de que os doentes mentais mais graves perderam a visão natural e qualquer atitude, emoção e pensamento pertencente ao real.

Neste caso, toda a sua conduta é sem sentido, não podendo mais agir de acordo com o Criador, pois navega no inexistente — o ser humano percebe sua oposição ao bem, pensando que os demônios possam não estar aí. É por essa razão que não reconhece o trabalho da 2a Pessoa da Trindade, quando esteve humanamente entre nós. Desejo esclarecer que a humanidade está entre o bem e a sua ausência, e quanto maior for sua doença, mais distante estará do belo, da verdade e do amor que são o real.

 

livro-psicoterapia-e-exorcismo-norberto-keppe-450x417Artigo do livro, Psicoterapia e Exorcismo, de Norberto Keppe:
Psicanalista, filósofo, cientista social, pedagogo e físico independente, autor de 42 livros, fundador e presidente da SITA – Sociedade Internacional de Trilogia Analítica, que unificou a ciência à filosofia e teologia.

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